No dia 28 de abril na abertura do terreiro, a Família Hùndésô homenageo a Srª. Iyálorixá Mirian Araujo, com o
Troféu Gaiyaku de Alagoas pela sua trajetória no Jeje em Alagoas.
O episódio de 1912 onde varias casa de axé de Alagoas foram envadidas brutalmente pelo movimento organizado por integrantes da Liga dos Republicanos
Combatentes em Maceió, sob a liderança do sargento do Exército Manoel da
Paz. Muitos foram pegos de surpresa e apanharam pelas ruas até chegar à
delegacia, na calada da noite. Outros tiveram a oportunidade de fugir
para estados como Bahia, Pernambuco e Sergipe... Considerada um dos mais emblemáticos casos de
racismo e intolerância religiosa do Brasil.
Diz os históriadores e pesquisadores que antes de 1912 a via cultos a Dan em Maceió, após esse episódio que ficou conhecido Quebra de Xangô ou Operação Xangô, muitos elementos da cultura afro religiosa em Alagoas se perdeu no tempo. No período da década de 50 surge um culto de Jeje em Maceió, trazido pela Iyálorixá Mirian-Iyábinã como é conhecida na capital tendo como culto Jeje Mina-Popo e iniciada pelo Sr. Manuel Falefá (inmemoria) do axé Posú Betá de Salvado-BA. E até os dia de hoje vem levando seu axé de forma tradicional.
Por motivo superior a Iyálorixá não pode estar na entrega do troféu mais mandou um representante de sua casa o Ogam Junior que recebeu o troféu por ela. No dohazam contamos com varias autoridades religiosas de matriz africana;
o Sr. Oluwô, José Benedito Marciel presidente da Federação dos Cultos Afro Umbandista de Alagoas, entre outros como; Pai Jedson, Mãe Jeane, Mãe Isabel, Ogan Dé, Ogan Jorginho, Ekedi Angelica, Mãe Zazi, Pai Ibonã...
Na abertura do terreiro no Dohazam tivemos a presença dos voduns; Possun, Togum, Oyá e Naé.
Agradecemos todos e todas que compareceram a abertura do nosso Hùndésô e os parceiros que contribuíram: Secretaria do Estado da Mulher dos Direito Humanos e Cidadania na pessoa da Secretária Kátia Born e Secretaria do Estadual do Trabalho na pessoa do Secretário Sexta Feira.